“2009 em perspectiva”

Dezembro 27, 2008

“Entrámos, conscientemente ou não, numa crise de civilização. A conjugação de várias crises – energética, de matérias-primas, financeira, económica – no decurso de 2008, os sinais de uma próxima segunda vaga do colapso hipotecário com novos produtos tóxicos (os ARM loans e os ALT-A mortgages), e sobretudo a progressiva compreensão da natureza e da interacção de todos estes elementos, conduz-nos cada vez mais à certeza de que é com uma autêntica crise de civilização que temos de lidar.

O que significa algo muito preciso: significa que as bases, as convicções e as expectativas que têm sustentado a nossa vida individual e colectiva nas últimas décadas se alteraram profundamente. E que a solução para o conjunto de crises que hoje enfrentamos passará por uma substancial mudança de hábitos e de comportamentos, de ambições e de imaginários, de padrões e de políticas. Não há outra via. Ou melhor, todas as vias partem daqui.”

Para continuar a ler o artigo de opinião carregue aqui.

NOTA: Artigo de opinião de Manuel Maria Carrilho sobre que nos reserva 2009 e o que será preciso fazer para inverter a marcha para o abismo, no Diário de Notícias de hoje.

O Segredo dos Jornalistas

Novembro 28, 2008

Um artigo da jornalista Fernanda Câncio para ler no jornal “Diário de Notícias” de hoje.

“Está em vigor há pouco mais de dois meses o novo estatuto disciplinar dos jornalistas, que confere à Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas, cuja principal actividade constituiu até agora a cobrança do valor do título bianual a que o nome se refere, competências de foro disciplinar, podendo, em casos mais graves, decretar a suspensão da actividade profissional até 12 meses. Apesar desta alteração das funções da Comissão, o seu site na Net mantinha-se, até ontem, igual ao que foi nos últimos anos. Na secção da legislação, o Estatuto de Jornalista consultável é o de 1999 e mesmo o Estatuto Disciplinar não se vê em lado algum. Qualquer cidadão que lhe aceda em busca de indicações para a elaboração de uma participação ou de informação sobre quais as faltas deontológicas de que se pode queixar fica na mesmíssima.”

“Claro que um jornalista deparar-se, ao questionar a “sua” Comissão, com tal impenetrabilidade – aquela com que se atém ao contactar os mais variados organismos portugueseses, num país em que tudo é, exasperantemente, “segredo” – é apenas de uma impagável ironia. Mas descobrir que “nestes oito anos de funcionamento da Comissão nunca um jornalista questionou o seu modo de funcionamento” é um bocado mais que irónico. É triste.”

ViA: Diário de Notícias

Para ler no “Espaço Público” do Jornal Público de hoje, um artigo de Teresa de Sousa intitulado “O que podemos aprender com a Grande Depresão”.